Meio ambiente, social e governança: entenda o que é ESG

Meio ambiente, social e governança: entenda o que é ESG

Mercado de trabalho
Meio ambiente, social e governança: entenda o que é ESG

09/03/2022 4 min de leitura

 

Você sabe o que é ESG?

Se você trabalha em organizações de médio ou grande porte que estão se abrindo para a responsabilidade e sustentabilidade, estas três letras provavelmente começarão a fazer parte do seu cotidiano.

O termo ESG, que significa Environment, Social e Governance, foi mencionado pela primeira vez em 2006, em um relatório intitulado “Who Cares Wins” (quem se importa, ganha). Mas, conquistou terreno somente dez anos depois e hoje está entre as principais pautas nas mesas de debates do mundo corporativo.

Afinal, o que é ESG?

Como mencionado, ESG é a sigla para Environment, Social e Governance, que em português quer dizer “meio ambiente, social e governança”. O termo descreve a relação entre os aspectos financeiros e as ações de cunho ambiental, social e de governança desenvolvidas por uma empresa, indústria ou organização. 

Na prática, ESG está relacionado à responsabilidade das organizações com a sociedade e com o meio ambiente. 

Empresas e ESG: quais os benefícios?

O ESG ajuda a agregar valor nos serviços e produtos de uma empresa oferecidos ao mercado. Também eleva a reputação positiva entre os clientes. Ou seja: uma empresa responsável com questões ambientais, sociais e de governança tem mais chances de fazer novos negócios e expandir a carteira de clientes.

Em resumo, o mercado não aceita mais fazer negócios com empresas que degradam o meio ambiente, não correspondem com suas obrigações fiscais e não possuem políticas que estimulem a diversidade entre seus colaboradores.

O mercado está mudando e sua organização precisa fazer parte deste novo mindset.

ESG: dados de mercado

A Bloomberg, empresa de tecnologia e dados para o sistema financeiro, já decretou: em 2020, fundos que investiram em ESG obtiveram um lucro de 32%. Esse é o farol para novos investimentos.

O significado de ESG tornou-se uma prioridade para o mercado financeiro e um guia para novos investimentos: de acordo com a consultoria PWC, até 2025, quase 60% de fundos mútuos serão alocados em negócios que levam em consideração as práticas ESG.

Quero implementar ESG na minha empresa: o que fazer?

Separamos três dicas se você quer implantar a cultura ESG na sua empresa: 

1 – Domine o significado dos três pilares 

O primeiro pilar é E (Environment): significa relacionar-se com o meio ambiente de forma responsável e com a consciência de sua importância para a manutenção da vida humana na Terra. Esse propósito, de sustentabilidade, assegura o primeiro pilar do conceito ESG.

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os investidores estão cada vez mais rigorosos na avaliação da temática ESG, inclusive nas questões ligadas à sustentabilidade. 

Em pesquisa divulgada recentemente, a agência de pesquisa norte-americana Union + Webster garante que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis.

Confira algumas boas práticas para desenvolver o pilar sustentabilidade: 

  • Não desmatar ilegalmente, nem manter relações com empresas que façam isso;
  • Promover a gestão de resíduos, o melhor uso da água e a eficiência energética;
  • Controlar a emissões de gases de efeito estufa.

O segundo pilar é S (Social): Os fatores sociais incluem o respeito aos direitos humanos, o cumprimento das leis trabalhistas, o combate ao trabalho infantil e o combate ao trabalho análiogo à escravidão, dentre outros. Se você deseja implantar as práticas ESG em sua organização, que tal começar a refletir sobre esses aspectos desde já?

O terceiro pilar é G (Governança): Os fatores relacionados à governança incluem os pontos de combate à evasão fiscal; critérios claros na remuneração de executivos e nomeação de diretores; combate à corrupção; manutenção de políticas de transparência.

2 – Estruture comitês de ação (fiscais, ambientais e auditorias)

Após fazer uma análise interna que leve em consideração os pontos fortes e aqueles gargalos que precisam ser resolvidos, é hora de começar a planejar o trabalho. 

Estruturar comitês de ação (fiscais, auditoria, ambientais, dentre outros) é um bom começo. Defina as lideranças que estarão à frente do trabalho e estabeleça metas registradas em um cronograma de ação. 

Reuniões de follow-up com cada comitê também são importantes para mensurar o andamento do trabalho.

3 – Inspire-se em cases de sucesso

Ambev, Itaú e Natura figuram entre as empresas nacionais que são referência na pauta ESG. Aprender com quem está mais à frente nesta caminhada pode trazer muitos benefícios para sua organização. Comece o quanto antes um benchmarking.

É hora de começar!

Agora você já pode começar as melhorias na sua empresa e preparar-se para coletar os frutos dessas mudanças. 

Lembre-se que a cultura ESG precisa ser trabalhada diariamente no mindset de cada colaborador: desde a alta gestão, passando por todos os setores existentes: financeiro, RH, comercial, etc.

Pense em como você quer que a sua organização seja lembrada nos próximos dez anos: como uma empresa referência em boas práticas ESG, reconhecida por cuidar bem das pessoas e do meio ambiente, ou como uma empresa que não renovou suas práticas e luta para se manter viva em um mercado em constante evolução?

Evento Radar Pocket ESG: Agenda de Oportunidades para a Indústria

Para saber ainda mais sobre o tema, aproveite e participe do evento online e gratuito promovido pela Escola de Negócios da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.

O encontro, que será realizado no dia 28/04 às 13h30, contará com empresas reconhecidas nacionalmente, como XP, Itaú Unibanco, Engie, Ciser, JBS, e outras.

Acesse o link aqui e inscreva-se.

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