Educação STEAM: o que é e por que você precisa conhecer
Educação BásicaPor Time de Conteúdo
23/02/2024 • 4 min de leitura
A educação está em constante evolução e transformação. Os modelos convencionais de ensino evoluíram para modelos tecnológicos e inovadores, acompanhando as mudanças e novas necessidades da sociedade. Nesse sentido, a educação STEAM surge para potencializar a aprendizagem.
Até pouco tempo, era comum o professor ser o protagonista do ensino, enquanto o aluno absorvia o conhecimento de forma passiva. Hoje, a tecnologia é uma ferramenta educacional, os professores são os mediadores do conhecimento e os alunos são os verdadeiros protagonistas da aprendizagem.
A abordagem STEAM propõe essa inversão de papéis, desenvolvendo a autonomia e o senso crítico dos estudantes. Vamos descobrir como?
O que caracteriza a educação STEAM?
O termo STEAM surgiu nos Estados Unidos na década de 90 e nada mais é do que a abreviação de Science, Technology, Engineering, Arts, Mathematics, ou seja, é uma abordagem que tem como objetivo fomentar a integração das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.
Mas isso não quer dizer que disciplinas como Biologia, História ou Língua Portuguesa não sejam abordadas. O que acontece, é que essas outras cinco áreas possuem um aprofundamento maior, porém, o aluno entra em contato com todas as disciplinas obrigatórias para cada etapa de ensino.
Partindo do viés de integração, o STEAM é baseado no desenvolvimento de projetos e na resolução de problemas, ou seja, o aluno coloca a mão na massa e propõe soluções integrando diversas áreas do conhecimento.
Por meio da interdisciplinaridade, há grandes benefícios para a resolução de problemas. Isso porque o desenvolvimento do aluno é voltado para múltiplas habilidades, não somente para o mercado de trabalho ou para o exercício da cidadania, mas para o desenvolvimento integral, de competências socioemocionais e tudo que possa propiciar maior compreensão das atividades cotidianas.
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Proposta do STEAM
A educação STEAM tem como proposta uma aprendizagem ativa, participativa e que desperte o interesse dos estudantes para as cinco áreas do conhecimento desenvolvidas.
Por se tratar de uma educação inovadora, ela almeja ampliar as habilidades dos estudantes, para que desenvolvam competências que permitam a resolução de questionamentos e adversidades do dia a dia de maneira criativa.
Por fim, trabalha-se de forma interdisciplinar, ou seja, os desafios propostos em sala de aula abordam conteúdos de áreas distintas do conhecimento, para que seja possível desenvolver o pensamento crítico e também preparar o estudante para um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico e desafiador.
Por exemplo, na disciplina de Projetos Livres da Escola SESI, que tem como abordagem a educação STEAM, os alunos são desafiados a solucionar problemas da vida real que eles se deparam no cotidiano. Para isso, eles desenvolvem projetos que envolvem diferentes áreas, como Matemática, Artes, Linguagens e Geografia.
Em resumo, tornar os alunos realizadores críticos e questionadores para que busquem por meio da inovação transformar os ambientes onde vivem, é um dos principais desafios e propósitos da educação STEAM.
A educação STEAM na prática
A proposta do STEAM é hands-on, ou seja, colocar a mão na massa! Uma das formas de estabelecer isso é fazer com que os estudantes mergulhem nas metodologias ativas, assim, eles se tornam os próprios produtores de conhecimento.
As metodologias ativas são um processo amplo e envolvem diferentes práticas em sala de aula, visando desenvolver a autonomia e o protagonismo do estudante em sua trajetória educativa.
Nesse contexto, os alunos passam a ter um papel ativo no processo de ensino-aprendizagem, enquanto os professores atuam como mentores constantes e atentos aos caminhos que os estudantes escolhem trilhar. Assim, ocorre maior absorção e ressignificação de conteúdos de maneira autônoma e participativa, na qual o aluno é protagonista de seu fazer discente, seja na ampliação ou na produção de saberes.
Além disso, a educação STEAM compreende que a produção do conhecimento requer não somente a leitura, a escrita e a escuta, mas também se faz por meio de discussões, da prática e do ensino/aplicação dos saberes. Tudo isso, realizado por meio de sala de aula invertida, ensino híbrido, ensino pautado em projetos, resolução de problemas, estudo de caso, gamificação e outras.
Como são as aulas na educação STEAM?
A educação STEAM é o rompimento do ensino tradicional, aquele pautado em aulas puramente expositivas, tendo no professor a figura de detentor do saber. Em contrapartida a isso, o STEAM leva para a sala de aula situações-problema relacionadas ao dia a dia do estudante, a fim de proporcionar ao educando maior consciência, autonomia, senso crítico e protagonismo.
Essa proposta permite que a teoria seja melhor compreendida, pois faz com que o aluno identifique a aplicabilidade do que está estudando, além de estimular a sua criatividade.
Uma forma de ensino alinhada diretamente com a abordagem STEAM é a cultura maker, também conhecida como “faça você mesmo”, em que o estudante não espera apenas receber conhecimentos prontos vindos do professor, ele desenvolve autonomia para buscar a informação.
O desenvolvimento do protagonismo traz consigo outras habilidades, como o pensamento lógico e científico, a criatividade, a curiosidade e o trabalho coletivo.
Como em uma peça de teatro em que o protagonista tem o papel de maior destaque, na educação STEAM os alunos são mais conscientes, pois sabem de seu papel como realizadores, que visa não somente estar na sociedade, mas compô-la, mobilizando impactos positivos, empreendendo e provocando mudanças na sociedade, a fim de construir um futuro mais harmônico e sustentável.
O conjunto disso tudo, faz com que o estudante amplie sua visão em relação ao meio em que está inserido e o torne um realizador preocupado com a coletividade, bem como, preparado para os desafios do futuro e da vida.
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Como o STEAM prepara o estudante para o futuro?
Os alunos da atualidade são conhecidos como nativos digitais, pois já nasceram inseridos no meio tecnológico, com acesso à internet, telefonia móvel e digital. Diante disso, as escolas têm o desafio de aliar esse acesso de forma fácil com o ensino de forma efetiva.
Os estudantes têm muitas ferramentas tecnológicas disponíveis para acessar e a função da escola é conduzir o uso para a produção e busca de conhecimento de forma assertiva. Como um dos vieses da educação STEAM é a tecnologia, isso permite que o estudante se mantenha conectado e utilize as ferramentas disponíveis de forma consciente para o desenvolvimento e ampliação dos conhecimentos.
Com o avanço da tecnologia também em relação ao mercado de trabalho, é possível perceber a redução do trabalho braçal e repetitivo pela substituição da automação. Nesse contexto, o estudante que estiver preparado para essas profissões e com anseio de inserir-se naquelas que ainda nem existem terá mais chances de êxito.
Conectada com o futuro e com as mudanças do mundo, a Escola SESI forma realizadores por meio da educação STEAM e Maker. Acompanhe as redes sociais e conheça um novo jeito de ensinar e aprender.
Coautores
Francieli Delazeri – Licenciada e Bacharel em Ciências Biológicas, Mestre em Ciências Ambientais, Professora de Biologia e Biohackeria.
Juliete Ilha Partichelli – Licencianda em Letras português e espanhol, Mestre em Estudos Linguísticos, Professora de Língua Portuguesa, Mídias digitais, Design Thinking e Empreendedorismo.