Smartwatches, carros inteligentes, drones, dispositivos que são assistentes virtuais. Todas essas tecnologias só são possíveis porque conseguem se conectar à internet e enviar dados para outros aparelhos.
Essa é a premissa da Internet das Coisas, uma tecnologia que está se popularizando no cotidiano das pessoas e promete revolucionar a indústria e o mundo do trabalho.
Nas empresas, ela já é realidade. O relatório “IoT Snapshot 2020: um panorama da adoção de tecnologia no mercado latino-americano” aponta que 57% das empresas brasileiras já possuem ao menos uma iniciativa com o uso da Internet das Coisas.
Porém, em nível de produção, o número ainda é tímido: 36% das empresas possuem tecnologia IoT avançada.
Mas o cenário deve mudar nos próximos anos. A pesquisa aponta uma estimativa de investimento de pelo menos 49% no setor de manufatura e 50% no agronegócio.
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Diante da tendência de crescimento, é importante entender o que é, como funciona, quais são as aplicações da tecnologia e por que ela promete revolucionar a indústria.
O que é Internet das Coisas?
A sigla IoT vem do inglês Internet of Things e se refere à capacidade de conexão de diferentes objetos à internet. Isso vale tanto para coisas mais cotidianas, como uma lâmpada inteligente, quanto para sistemas avançados, como um carro.
Ou seja, são as “coisas” conectadas à internet. Independentemente do objeto, na IoT, os aparelhos estão conectados na nuvem e trocam informações e dados entre si. Muitas vezes, essa comunicação acontece sem a interferência humana, o que facilita o monitoramento e o controle de dispositivos a distância.
O mais bacana é que a Internet das Coisas vale para aparelhos que, até alguns anos atrás, não possuíam tecnologia para se conectar. E com essa possibilidade, os objetos passam a formar um ecossistema, enviando e recebendo dados online e em tempo real.
Como surgiu a Internet das Coisas?
A primeira pessoa a utilizar o termo “Internet of Things” foi o pesquisador britânico Kevin Ashton, em 1999, durante uma conferência da P&G, empresa que trabalhava.
Para Ashton, os computadores só conseguiam gerar uma grande quantidade de dados com a interferência humana, e se o cenário fosse diferente, os processos seriam muito mais ágeis e otimizados.
Em 2009, o pesquisador revisitou o conceito em um artigo intitulado “A coisa da Internet das Coisas”. Ele entende que as “coisas” físicas importam muito mais do que as informações e os dados. E, por isso, precisamos “empoderar” as máquinas para que elas funcionem por si, sem a interferência humana.
Como funciona a Internet das Coisas?
Na prática, quando um dispositivo possui tecnologia para se conectar, sem fios, com outros aparelhos, é a Internet das Coisas em funcionamento. Nesse sistema, os dois objetos trocam informações e facilitam, de alguma forma, a vida humana.
Essa realidade já era conhecida em computadores e celulares há mais tempo. Com a evolução da Internet das Coisas, essa tecnologia disseminou para os mais diferentes aparelhos.
Um exemplo prático são as smart TVs, que se conectam com a internet e disponibilizam canais de streaming por meio de aplicativos.
Outro caso são os assistentes pessoais, que tornam a casa mais inteligente e otimizam tempo. Esses aparelhos podem se conectar com televisores, lâmpadas, climatizadores, fechaduras e muito mais.
É importante destacar que, para que os dispositivos troquem informações, ambos precisam portar tecnologia IoT.
Onde a IoT pode ser implementada?
Do uso cotidiano em casa à saúde, o uso da tecnologia IoT é muito amplo. Confira alguns exemplos de aplicação:
- pulseiras e smartwatches;
- saúde: sensores que monitoram pacientes a distância;
- agricultura: fazendas inteligentes com sensores que monitoram a qualidade do solo e outros indicadores que influenciam no plantio;
- gestão de tráfego: aplicativos como Google Maps e Waze;
- assistentes pessoais como o Echo Dot (Alexa);
- setor de hotelaria, com fechaduras automatizadas;
- indústria com aplicações voltadas à redução de custos, prevenção de acidentes, e monitoramentos para tomada de decisões assertivas.
Por que a Internet das Coisas é importante?
A relevância da Internet das Coisas está relacionada à sua capacidade de monitorar e controlar processos a distância, otimizando tempo e processos e facilitando a vida humana.
Pensando no cotidiano, aplicativos que monitoram o trânsito, como o Waze, mostram os locais de congestionamento e quais são as rotas para chegar mais rápido ao destino.
Outro exemplo são as pulseiras e os smartwatches que monitoram a qualidade do sono, os batimentos cardíacos, a oxigenação, entre outros índices de saúde. Equipados com sensores que possuem tecnologia IoT, esses aparelhos enviam dados para aplicativos e o usuário pode controlar os indicadores pelo celular e até ser avisado quando os dados apresentarem alguma inconstância.
Como a IoT pode revolucionar a indústria?
Assim como outros setores da economia, no campo industrial, a IoT já é uma realidade e prevê benefícios relacionados à redução de custos e à otimização de processos.
Associada a outras tecnologias que compõem o movimento da Indústria 4.0, a Internet das Coisas deve ganhar cada vez mais espaço dentro das empresas. Isso porque ela promete melhorar o processo produtivo em quatro pilares:
- Mão de obra em processos repetitivos
Um dos pilares da automação industrial é substituir trabalhadores por robôs em atividades manuais e braçais. A ideia é que esse funcionário seja realocado para funções mais estratégicas e as máquinas promovam a redução de custos operacionais.
- Monitoramento e produtividade
Outro ganho estratégico para as empresas com a IoT é o volume de dados que essa tecnologia proporciona. No processo fabril, por exemplo, o gestor consegue identificar gargalos de produção e obtém informações precisas para tomar decisões assertivas.
- Manutenção preditiva
Quem trabalha nas linhas de produção sabe que é comum fazer manutenção corretiva, ou seja, depois que a máquina apresenta problemas. Com a Internet das Coisas, isso será coisa do passado, pois, com a tecnologia, os dispositivos podem portar sensores que detectam ou calculam a necessidade de manutenção das máquinas.
- Prevenção de acidentes
Assim como identificar a necessidade de manutenção, os sensores da IoT também podem prevenir acidentes. Esses dispositivos podem detectar mudança de temperatura, vazamento de gases, entre outros.
Como a IoT pode influenciar seu futuro profissional?
Já deu para perceber que, com todos esses benefícios, a IoT veio para ficar. A tendência é que essas tecnologias só cresçam nas indústrias, e, como consequência, as relações de trabalho também devem se modificar.
Conforme esse cenário de evolução se transformar, as empresas vão passar a buscar profissionais qualificados e que dominem os conceitos da Indústria 4.0.
Quem quer se destacar no mercado de trabalho vai precisar estar preparado para essa Quarta Revolução Industrial. Uma dica é procurar instituições de ensino preparadas para as novas configurações da indústria.
Nesse sentido, o Senai vem investindo em infraestrutura para oferecer a melhor experiência aos alunos. Entre as novidades, estão as bancadas didáticas que simulam processos da Indústria 4.0.
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