No SESI, a educação inclusiva é um processo livre de preconceitos, onde as diferenças são reconhecidas e valorizadas, estimulando a participação de todos e ampliando a visão de mundo de crianças, jovens e adultos.
Durante a pandemia, nossas aulas foram adaptadas para o ensino não-presencial, utilizando recursos tecnológicos e novas metodologias. E, mesmo com desafios, nossos estudantes e professores estão mais engajados do que nunca.
Nos últimos dias, eles participaram, inclusive, de atividades da educação continuada a distância. Nelas, aprimoram comportamentos preventivos, de autocuidado e saúde neste momento tão delicado. A seguir, entenda como o curso “Transição para a vida ativa” aconteceu no SESI São José e quais foram seus resultados para a nossa comunidade interna e externa.
Educação inclusiva e continuada: curso “Transição para a vida ativa”
O curso Transição para a Vida Ativa é direcionado para jovens e adultos com deficiência, e tem por objetivo desenvolver habilidades e competências para a vida diária independente, autônoma e consciente.
Nele, os professores buscam desenvolver a percepção de responsabilidade dos alunos, também com foco para o mercado de trabalho. O conteúdo ajuda a preparar os estudantes com deficiência intelectual para uma transição da escola para a vida em sociedade ou atuação profissional.
Na unidade curricular “Qualidade de Vida”, as professoras Ana Paula Saldanha de Matos e Lisandra Martins dos Santos elaboraram uma aula tendo o pentáculo do bem-estar como base.
As turmas do SESI São José realizaram atividades físicas, meditação, massagem em dupla, sugeriram filmes, aprenderam a fazer chamada de vídeo no WhatsApp com mais de duas pessoas e compartilharam receitas feitas em família.
Segundo as docentes, a qualidade de vida é fundamental no contexto de inclusão dos jovens e adultos.
Desafios da educação inclusiva a distância
Devido à pandemia, a aula aconteceu por chamada de vídeo no WhatsApp, e este canal foi cuidadosamente preparado e testado pelas docentes. De acordo com a Profa. Ana, “a experiência online é desafiadora, é algo novo, porque alguns estudantes não têm um domínio completo das ferramentas tecnológicas“.
O ensino a distância pode ser um desafio para todos, mas as professoras conseguiram ver uma participação ativa das turmas e de seus familiares. É a primeira vez que elas aplicam o módulo “Qualidade de Vida”, e, embora inédito, ele está sendo online.
Os relatos são positivos, e tudo isso se deve, segundo elas, ao apoio que os pais e responsáveis dão aos estudantes e à vontade de aprender que eles demonstram:
“Neste modelo a distância, as famílias puderam conhecer de perto o nosso trabalho. Estamos abertas às críticas e sugestões que apontem caminhos para o nosso aprimoramento profissional, a fim de alcançar nosso objetivo, que é contribuir para o desenvolvimento pessoal, social e profissional dos nossos estudantes”, ressalta Lisandra.
A pedagoga Ana ainda relata:
“A gente nota que eles sentem muita falta desse contato presencial, da troca tanto conosco quanto com os colegas. Para eles, a atividade no SESI é muito mais do que educacional, é um espaço de convívio social onde eles têm vínculos muito fortes”.
Dessa forma, as aulas online estão sendo um meio de amenizar essa situação, ainda mais com atividades que estimulam novos hábitos para uma melhor qualidade de vida.
Hábitos saudáveis para uma melhor qualidade de vida
A partir deste ano, a atividade física passou a fazer parte da rotina escolar, conta a Profa. Lisandra. Antes do isolamento, os estudantes já realizavam caminhadas, séries de alongamento e de circuito funcional.
Eventualmente, também eram propostas massagens em dupla e aulas de relaxamento. Dessa forma, eles já estavam habituados às práticas e já se conheciam, o que facilitou a condução das aulas pelo meio digital.
O módulo ainda se encontrou com as necessidades desse momento crítico na saúde, pois envolveu os estudantes em um olhar de autocuidado e comportamento preventivo.
Além disso, as vivências propostas estavam ao alcance deles, como ingestão de água, banho de sol, alimentação saudável e exercício físico.
Na autoavaliação, os estudantes relataram os novos hábitos para quais foram despertados, como meditar, ajudar mais nas tarefas de casa, observar e cuidar da postura, dormir melhor e rir mais.
Para a Profa. Ana, o mais valioso disso tudo é a vontade de aprender que os jovens demonstram: “Existe um desejo muito grande por parte deles, de envolvimento no processo de aprendizagem online, nessa troca constante“.
E a Profa. Lisandra completa: “Para a maioria deles, o uso da tecnologia é atrativo. Foi encantador o envolvimento dos estudantes e somos gratas às famílias que os apoiaram, tornando possível o desenvolvimento do curso. É gratificante poder contribuir para a aquisição de hábitos saudáveis e trazer informações úteis para que cuidem do seu bem mais precioso – a vida!”
Entenda mais sobre a educação inclusiva no SESI
A educação inclusiva é um processo educativo onde todas as crianças são educadas sob um mesmo contexto escolar. No SESI Santa Catarina, ela é entendida também como um processo social para as pessoas portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem.
Embora a educação inclusiva seja um direito fundamental garantido por lei, a realidade tem se mostrado diferente: de acordo com um levantamento de 2019 da Campanha Nacional pelo Direito à Educação divulgado pelo Jornal da USP, apenas 40,4% das crianças portadoras de necessidades especiais de 4 a 17 anos tinham atendimento especializado em 2018.
Com uma estrutura física adequada, suporte tecnológico compatível com o processo de comunicação e equipe altamente qualificada, nossos cursos contam com metodologia e recursos adequados para atender aos vários tipos de deficiência, seja ela visual, auditiva, motora ou intelectual.
E, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, nossas aulas continuam acontecendo com êxito, proporcionando o convívio social e o aprendizado contínuo para os nossos estudantes.
Quer conhecer nossas escolas de educação inclusiva? Então, acesse o site: